segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O VERSO (343)

Me esvazio (...)
Depois que te organizo (componho),
Me relego ao prazer do ócio (puro),
Me entrego à preguiça (sã).
Te escrevo encadeado (com elos)
no início te pareces apenas com linhas e traços,
mas ganhas forma (corpo), volume (curvas), cadência (melodia) 
e já no final - não te controlo mais (te cuspo), paro-o com facilidade (pressa),
para que não te percas, 
para que tu não escapes de mim (levianamente) e desapareças (nunca se faça).
Sou teu instrumento (a tua via única)
e quero que me uses
(conforme)
Se crie.

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