segunda-feira, 21 de maio de 2012

CISNE (321)

Como te alcunhar?
será que tu me (cor)respondes?
prefiro chamar-te de TUA...
(particular)
há sempre um limite (teu)
enquanto percorre (meus) caminhos obsoletos...
(...)
Como se atreve?
Recôndita, tacanha...
(...)
te choco 
(insulto)
com a aspereza
de minha sinceridade TRAGADA, 
porque o meu AVESSO é a tua melhor MORADA.
(...)
e tu (?) que fazes?
(in)segura que estás, 
tão acostumada a justificar(-se)
e a mim não encontra o porquê...
e eu (?) que faço
diante de tua elegância singela?
(desconserto)
e eu 
que me propus a deixar-te nua...
(emudeço)
atenta aos teus passos,
tua audiência fiel,
plateia oculta,
despida em negro.





(322)


Te dispo, Te visto, Te aquieto...
(ACALENTO)
Em meu colo,
(ENCANTAMENTO)
Teu recanto,
Meu abrigo
(SINGELO).

CONFESSO (323)


Estou me despedindo
Do hábito que me cobria, cegava, continha...
Para abraçar
A novidade
Que tu me trazes...
Vestir-me de ti
(tua morada)
Desfazer-me de velhos
E amigos costumes
Para aceitar...
E comportar o que tu
Me ofereces.
Deixa que vá
Permita,
Perdoe,
Expurgue,
Renove,
Recrie,
Purifique...
Que o que virá em teu lugar
Também é LUZ,
"Posto que" Travestida de CHAMA
E eu quero que me consuma
Por inteiro
Pra si
E só
Pra si.