segunda-feira, 14 de setembro de 2015

FOGO (315)



Tu chegaste com toda tua energia de renovação.
A atração inevitável à nação do fogo,
Que se consome ao calor e frenesi das chamas,
Que se alimenta do que há, porque tem (nho) fome...
Que mata, porque tem (nho) fome...
Que destrói para reconstruir coisas belas.

Trouxe consigo o sabor da novidade...
Um punhado de amor, permeado de dor e desassossego...

Depois de ti, as noites não são mais tranquilas...
Meus dias já não aquietam a mente...
Teimo em pestanejar, resistir ao hábito obsoleto...

O que fui já não me comporta mais...o que fomos já não nos basta...
Será que nossos caminhos ainda se cruzam?

Deixo-te assim, inacabada, como estou agora...alegria para recomeçar.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

DESENCANTO (316)

Enquanto te falo de amor,
tu me vens com o amaldiçoado recurso
e o põe em nossa cama...

Surpreende-me com o peso que atribui às minhas palavras.
Desconheço!
Teu coração embrutecido...
Minha ignorância...
Descompasso!

Enquanto acredito fazer-te o bem,
tu se prendes ao passado,
à vida que cabia no esforço de tuas mãos, que ainda te comporta e aos "ãos" que te fizeram história...

Teu dia está nublado, te falta o Sol a iluminar o caminho à tua frente.
Estou aqui, 
Mas o teu "interior está (a)podre(cido)" 
e o meu despedaçado.