sábado, 23 de julho de 2011

19-91 (327)

Pressenti tua chegada
(tive medo)
(receio)
e quando me abordastes
(cogitei)
mas tu me estendestes a mão
e me destes boas vindas (...)
e tanta novidade tu me trazias
(porque não? É o que dizia)
então,
me oferecestes um número,
um nome
e uma assertiva
(teu rastro)
meu caminho,
tua guia
(segui)
como tu assim querias (...)
mas chegou o dia
que não esperava
(tão cedo)
e nem tão tarde
(confesso)
que tuas palavras coerentes 
e não as minhas,
que teu discurso coeso,
me pesaram tão mais que tua idade
(deixando tanto sem resposta)
que plagiando o poeta "a mão que bate e espalma"
(a mim e não a ele)
curvou,
calou-me
e assenti
porque as escolhas nunca foram minhas,
porque o sim e o não, que agora me ardia,
a mim não pertenciam
e tive de seguir
porque tentar 
(por ti)
não me adiantaria,
porque ficar
(por mim)
já não me cabia (...)
e sem calar o que sentia,
perguntei e obedeci,
porque ser ignorada
(por ti)
não me valeria
e novamente
(me repetindo)
a voz que me alumia (...)
só o que me resta,
é por-te em linha,
na tentativa
de por-te um ponto
(final).

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