Eu sou tua ruína, te afastas de mim enquanto podes.
Mas será que ainda há tempo de sufocar o teu íntimo? Tua edificação em falos eretos já não ruiu? O suposto fracasso que te apontam e que tu se auto aflige? Eu já não sou irremediavelmente parte de ti?
Abdicarás?
Experimenta!
É só mais uma mordida em qualquer maçã proibida. Mata e se farta ao menos, prova do que te consome, se lambuza, impregna o cheiro, goza e faz gozar.
O faz por quereres, só por quereres, já basta!
Quanto a mim? Ah! Tu és o meu abismo conhecido de longa data. Velha sombra amiga, a qual eu já sei dar o nome... DISTANTE.
Mas me deixa aqui, só mais um pouco. Deixa que eu me reconstrua, pedra por pedra, até não precisar mais.