A VONTADE
que tenho é arrancar-te a roupa
que tenho é arrancar-te a roupa
(com pressa)
e não precisa muito,
basta o suficiente para que eu veja um pedaço de tua pele
(que não alcanço).
(...)
Enquanto me contas
(devaneio)
desvio o olhar pra tua boca
(disfarço)
reato o prumo
(sem êxito)
e novamente me perco,
ANTECIPANDO
minha língua na tua (...)
(...)
O que teu corpo me diria
(...)
O que teu corpo me diria
(além do gozo reprimido) ?
O que tua boca não (me) calaria?
(...)
(...)
Tua febre (me) molhando,
minha cadência demorada,
repetida,
seguida,
te acelerando,
até tua frequência ritmada
dis-parar,
tua voz arquejante,
descompassada,
descompassada,
irregular,
calar meus sussurros cegos,
tua carne trêmula,
em meus braços,
se acalmar.