sábado, 23 de abril de 2011

SABES ... (331)

A VONTADE
que tenho é arrancar-te a roupa 
(com pressa)
e não precisa muito,
basta o suficiente para que eu veja um pedaço de tua pele 
(que não alcanço).
(...)
Enquanto me contas 
(devaneio)
desvio o olhar pra tua boca
(disfarço)
reato o prumo
(sem êxito)
e novamente me perco,
ANTECIPANDO 
minha língua na tua (...)
(...)
O que teu corpo me diria 
(além do gozo reprimido) ?
O que tua boca não (me) calaria?
(...)
Tua febre (me) molhando,
minha cadência demorada,
repetida,
seguida,
te acelerando,
até tua frequência ritmada
dis-parar,
tua voz arquejante,
descompassada,
irregular,
calar meus sussurros cegos,
tua carne trêmula, 
em meus braços,
se acalmar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

APENAS MAIS UMA (332)

O que mais dizer?
São apenas lamentos
(...)
Antes das boas vindas, sempre despedidas.
Saboreio amores
(só)
Digo adeus forçosamente.
Guardo como companhia a amargura de tua lembrança
(tão minha),
embriagando o meu corpo à procura do teu,
mas
(sem êxito)
já não o encontro
(...)
e só o que me resta
é por-te em linha
pra por-te um ponto
(final).